quarta-feira, janeiro 31, 2007

Lágrimas...

Por vezes choro sem saber o porquê, simplesmente me caiem as lágrimas pela fria face. E quanto mais as tento impedir de cair, mas elas se lembram de brotar.
Não sei se choro por amar ou se é mesmo por me odiar. Só sei que choro, e passo horas a chorar, e nada no mundo é capaz de me animar.
Nem as belas lembranças nem as ternas memórias, nem mesmo alguns pedaços de histórias.
Faço de tudo para parar, pois de chorar estou eu cansada…
Peço a Lua que me venha guardar, o vento abençoar, e a noite embalar… Pode ser que assim as tristes lágrimas parem de desabrochar…

Bloody kisses***Ari

segunda-feira, janeiro 29, 2007

A verdade da mentira

Existem tantas mentiras na verdade
Que a verdade já parece mentira
Há quem admita que tem saudade
E quem finja a alegria

São tantos os mentirosos
Que a verdade já não se vê
Nestes mares enganosos
Em que toda a gente crê

Perde-se assim a certeza
Se esta vida realmente existe
Pois a mentira tem tanta delicadeza
Que até o maior cego não lhe resiste

Bloody kisses***Ari

I Just Die in Your Arms

"Oh i, i just died in your arms tonight
It must have been something you said
I just died in your arms tonight

I keep looking for something
I can't get broken hearts lie all around me
And i don't see an easy way to get out of this
Her diary it sits on the bedside table
The curtains are closed
The cats in the cradle who would've thought
That a boy like me could come to this

Oh i, i just died in your arms tonight
It must've been something you said
I just died in your arms tonight
Oh i, i just died in your arms tonight

It must've been some kind of kiss i should've walked away

Is there any just cause for feeling like this?
On the surface i'm a name on a list i try to be discreet
But then blow it again
I've lost and found
It's my final mistake she's loving by proxy
No give and all take 'cos i've been thrilled to fantasy one too many times.

Oh i, i just died in your arms...
It was a long hot night she made it easy
She made it feel right
But now it's over the moment has gone
I followed my hands not my head
I know i was wrong
Oh i, i just died in your arms..."

'Cause i love you so much and i want die in your arms my love... But not tonight...

Bloody kisses***Ari

domingo, janeiro 28, 2007


"Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade."


Luís de Camões


Amu-te muito! És tudo para mim!!

Bloody kisses***Ari

sábado, janeiro 27, 2007

Criança

Não sou mais uma criança
Perdi hoje o que restava da minha inocência
Acabaram as brincadeiras com as bonecas
Pois hoje
Deixei de ser criança

Não sou mais quem era
Foram-se os momentos de meninice
Terminaram os sorrisos despreocupados
Porque hoje
Parei de ser criança

Não tornarei a ser aquela menina
Provei o amargo do ódio
E a sede de matar
Hoje deixei pura e simplesmente
De ser uma criança...

Bloody kisses***Ari

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Flores

Flores colhidas
Numa manhã de alegria
Eram alturas vividas
Em plena luz do dia

Apanhava-as com amor
Escolhia só as mais belas
Para depois as por sem dor
A fazer de sentinelas

Pequenas flores inocentes
Que inocentemente colhia
À luz do sol incandescente
Nenhuma de nós sofria

Bloody kisses***Ari

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Mãos

Mãos que tentam alcançar
Um lugar para além do destinado
Mas não conseguem lá chegar
Pois não é esse o seu Fado

Presas nas pérolas negras
Tentam em vão fugir
Mas elas conhecem as regras
Dali nunca poderão sair

Brancas de frio e dor
Agitam as gotas escuras
Mas é grande o ardor
Um mal que não tem curas

Presas eternamente
Mais pálidas como a morte
Choram silenciosamente
Aquele destino sem sorte

Bloody kisses***Ari

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Ampulheta

Por aqui estou
Controlando o tempo
Vejo o que passou
O fim de mais um momento

Sou a dona da ampulheta
Tua vida tenho na mão
Trato-a como uma roleta
Um mero jogo de coração

Um boneco sem vida própria
Que eu viro e torno a virar
Uma vida que sorria
Com quem eu gosto de brincar

Mas tolo gozas teu Fado
Achas grande teu ser
Só não sabes que na ampulheta da vida
Para sempre irás viver


Bloody kisses***Ari

segunda-feira, janeiro 22, 2007

A ti

A ti
Te ofereço o fruto do pecado
Nada mais te dou
Do que esta maçã

Engana-te com o seu aspecto vivo
No seu interior encontrarás a morte
Nada mais que o frio do fim
Da vida que acabaste de perder

A ti
Te entrego a loucura e o desfecho
Dessa existência ignorante
Neste mundo de escuridão

Engana-te com o seu doce sabor
Suculenta maldição
Que te arrasta para o abismo
Te enterra na solidão

A ti
Que já envenenei
Que já amei
Que já matei

Bloody kisses***Ari

domingo, janeiro 21, 2007

Em tantos momentos
Te pedi para me guardares
Mas em todos os tormentos
Me abandonaste

Voltavas depois
Pedindo perdão
Cantavas chorando
Tocando meu coração

Perdoava-te sempre
Nunca guardei rancor
Mas toda a cobardia
Tem a sua dor

Um dia fugiste
Amedrontado com a minha solidão
Foi quando viste
Que pertencia à escuridão

Nunca mais te vi
Nem tornei a ver
Meu anjo medroso
Que tinha medo de sofrer

Bloody kisses***Ari

sábado, janeiro 20, 2007

Anjo de Pedra

Choro minhas mágoas
Acompanhada do meu anjo
Só ele sabe o quanto sofro
No silêncio da noite

Mais ninguém conhece meu sofrimento
Só meu anjo de pedra
Conhece meu tormento
Todas as noites, como uma regra

Ele chora minhas lágrimas
Sente a minha dor
Partilha a tristeza
Com o mesmo ardor

Companhia de noites e dias
Anjo de pedra que nunca me abandona
Nunca conheceu a alegria
Sempre fiel à sua dona

Bloody kisses***Ari

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Anjo

Anjo sozinho
Pendurado em seu baloiço
Anjo perdido
Nunca abandona seu poiso

Pequena alma chorando
Para ali fugiu
Sua vida vai passando
E dali nunca mais saiu

Como lá parou
Ninguém sabe
Só se sabe que lá ficou
Por toda a eternidade

Cantando baixinho
A dor que sentirá
Anjo sozinho
Que no baloiço sempre estará

Bloody kisses***Ari

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Mentiras

Vivemos rodeados delas
Fazem parte da nossa rotina
Mas todos acreditamos nelas
Pois parecem cristalinas

Tolos os que lhe fecham os olhos
Crédulos acham que não vão sofrer
Pensam que habitam em sonhos
Meros loucos destinados a morrer

Pois elas sempre aqui estarão
Por mais que digas que não
Eternas Mentiras
Que apunhalam o coração...

Bloody kisses***Ari

Cansaço


"O que há em mim é sobretudo cansaço -
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A Subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente - ;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço..."

Poema de Álvaro de Campos



Às vezes também sinto um cansaço... Como agora....

Bloody kisses***Ari

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Mãos acusadoras


Mãos acusadoras
Mostram-me o quanto sou horripilante
Apontando todas as horas
Tornando-me humilhante

Não as consigo evitar
Por mais que me esconda ou desvie
Em todos os lados as encontro
Prontas para me apontar

Gritam imperosas
Que nada de bom simbolizo
Levam-me ao desespero
E eu cada vez mais me martirizo

Quero que elas se vão
Para poder viver livremente
Sem ter um dedo a apontar
Cada passo que em falso dou

Bloody kisses***Ari

Afogar


Num momento desesperante
Nada resta senão a Morte
Uma vida angustiante
Acabasse com esta má sorte

Se mais nada importa
Terminasse com o sofrimento
Fechou-se mais uma porta
Já não se suporta o tormento

Afogar todas as mágoas sentidas
Naquela água glaciar
Dar fim a esta vida de mentiras
O último respirar...

Bloody kisses***Ari

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Sem cor

Terra sem cor
Onde descanso e habito
Lugar cheio de dor
Como culpado de um rito

Tudo aqui quer morrer
E obrigar os outros também
A cor teima em desaparecer
Mas eu não quero partir para o Além

Repouso fechando os olhos a tudo isto
Pois sem cor está minha alma
Embora de cor me visto
Meu coração chora sem calma

Bloody kisses***Ari

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Viver ou Morrer


Impassível, incompreendida, sozinha, abandonada, assim sentia em certos momentos da vida. Por vezes pensava em morrer, outras pedia simplesmente quando se deitava que ao fechar os olhos nunca mais os abrisse, e em alguns extremos tentava acabar com tudo sozinha. Sabia que a morte não era uma saída mas era sempre uma opção, e estava tão cansada daquele seu mundo, daquela sua vida, daquele seu ser.
Então porque não acabava com tudo? Porque não adormecia eternamente? Porque não morria simplesmente? Porque não tinha coragem para ir até ao fim?
Sabia porquê, as rosas na sua mão diziam-lhe a resposta. Ali, aquelas simples flores tão negras como a sua própria alma, simbolizavam o que de melhor existia na sua vida. O amor! Não só aquele amor apaixonado que dividimos com alguém para toda a vida, mas também o amor de amigo, o carinho e a preocupação, a dedicação. As suas rosas simbolizavam isso. Assim, nunca adormecia sem mais acordar, era cobarde nos seus actos desesperantes, continuava viva. Simplesmente para poder continuar a amar!
Pois existem pessoas na vida que nos dão vontade de continuar a viver!

Olha.. Amu t!

Gmmmmmm(...)mmmdV!

Bloody kisses***Ari

terça-feira, janeiro 09, 2007

Lágrimas de sangue

Lágrimas de sangue
Que derramo na solidão
São pedaços de mim
Que se perdem na escuridão

Lágrimas de sangue
Que caiem sem cessar
Lavam a alma
Deixam o coração gritar

Lágrimas de sangue
Em meus olhos nascem
Em minha face morrem
E em meu ser vivem

Lágrimas de sangue
Que na tua ausência me fazem companhia
Tristeza que derramo
Quando não me dás alegria

Bloody kisses***Ari

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Amor Eterno

"Perdera-o.
Ali estava a prova de que a imortalidade não existia, pois acabara de o perder. O seu bem mais precioso, o seu coração, a sua alma, partira. Dissera-lhe o corvo que agora sempre a acompanhava. Contara-lhe que agora estava sozinha, pedira-lhe que fosse forte...
Vestira-se de luto e visitara a sua campa, ali jazia seu corpo. Chorou... Unicamente ali... Depois pegou na espada dele, e jurou vingar a sua morte. Quem lho roubou iria arrepender-se amargamente. Jamais havia sentido ódio mas naquele momento era o que lhe corria no sangue, que alimentava seu corpo. "
Dela nunca mais se ouviu falar, cumpriu sua jura pois todos os outros morreram, mas depois disso só o corvo se via, sempre sozinho. Alguns dizem que se escondeu, poucos que em sombra se tornou... E eu? Eu acho que ela partiu, para perto dele, porque aquele amor é eterno, nem a Morte é capaz de os separar...

Bloody kisses***Ari

domingo, janeiro 07, 2007

Anjo de Pedra

Toda a vida chorou
Em cada dia amou
Todas as horas cantou
E num anjo de pedra se transformou

Por muito sofrimento passou
Sua dor eternizou
Seus pensamentos gritou
E um anjo de pedra ficou

De asas abertas estacou
Naquele lugar perdurou
Pela eternidade continuou
Um anjo de pedra...

Bloody kisses***Ari

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Amu t

Aqui te espero
Mas tardas em chegar
Se demorares muito
Nem por ti a Lua vai esperar

Sabes que te amo
Que sem ti não sei viver
Vem depressa
Para eu parar de sofrer

Não me abandones aqui
Parece que estou perdida
Chorando a tua ausência
Amor da minha vida

Vejo a tua sombra ao longe
Lentamente te vais aproximando
Finalmente apareces
Acabando com o meu pranto

Chega perto de mim
Nunca mais te deixarei afastar
Estás preso a mim
Pois eu sempre te vou amar!

Olha.... Olha.... Amu t! Muito!

Bloody kisses***Ari

quarta-feira, janeiro 03, 2007


O pano fechou-se
A máscara caiu...

Revelou as lágrimas caídas
Num silêncio de morte
Todas as mágoas sentidas
Da sua malfadada sorte

Estranha face era aquela
Que só dor transmitia
Era uma cara tão bela
Porque estava sempre escondida?

Representava sempre da mesma maneira
Fingindo ser quem não podia
Sorria imitando uma sereia
Era assim seu dia-a-dia

No fim tudo era igual
Voltava sempre a esconder-se
Era esse o seu Fado fatal
Que cumpriria até que o corpo morresse

O pano fechou-se
A máscara caiu...

Bloody kisses***Ari

Os Corvos

Por aqui andava esquecida
Na beira do meu precipício
Há muito que estava perdida
Era como viver num hospício

Pálida como a Lua
Daqui observava o mundo
Olhando a terra nua
À minha volta o mar profundo

Por vezes tentava voar
Abria os braços e o vento sentia
Até que um dia os corvos me vieram buscar
Para o mundo da fantasia

Agarrando meu corpo frágil o levaram
Juntamente com a alma triste
Nunca mais ao abismo voltaram
Nem eu me lembro se ele ainda existe

Bloody kisses***Ari

terça-feira, janeiro 02, 2007

Porque?

Porque me olhas assim?
Porque me censuras se na realidade não és melhor que eu?
Porque me julgas sem ouvir a verdade da minha boca?
Porque me tratas como se fosse uma estranha para ti?
Porque choras as minhas mágoas?
Porque me matas por dentro se eu quero continuar viva?
Porque não me deixas simplesmente?
Porque continuas a troçar da minha desgraça?
Porque existes?
Porque és eu e eu sou tu?
Porque?

Bloody kisses***Ari

Novo Ano

Um novo ano começa
Um novo capítulo na nossa vida
Uma nova renascença
Uma nova dor sentida

Um novo dia amanhece
Um novo livro escrevemos
Uma nova noite anoitece
Uma nova página relemos

Um novo sentido para a existência
Um novo rumo para a alma
Uma nova direcção para a sobrevivência
Uma nova vida...

Bloody kisses***Ari