sábado, novembro 13, 2010

Os dedos dormentes
Percorrem folhas e folhas sem fim
Todas as falar do mesmo
Sempre a mesma sensação
Sempre a mesma frustração

Já cansados
Mas sem conseguirem parar
E as folhas aumentam
Tal como aumenta esta angústia

É provável que desapareça
Nas minhas próprias palavras
Sempre as mesmas
Sempre iguais
Sempre assim
Sempre aqui

Pergunto-me o que acontecerá
Quando já não existirem folhas
Quando se esgotarem as palavras
Será o meu fim?

*Ari

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